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“Levy é pupilo do Armínio e foi ouvido na campanha do Aécio”

Da Folha:

Escolhido por Dilma Rousseff para ocupar o Ministério da Fazenda, Joaquim Levy colaborou informalmente com a campanha de Aécio Neves (PSDB), principal adversário da presidente na disputa eleitoral de 2014.

Segundo três integrantes do time do tucano e um parlamentar que acompanhou a campanha de Aécio, a linha direta de Levy era com Armínio Fraga, ex-presidente do BC de Fernando Henrique Cardoso e coordenador do programa econômico tucano.

“Levy é pupilo do Armínio e foi ouvido na campanha”, disse um aliado da equipe do então presidenciável.

O ex-secretário do Tesouro, hoje no Bradesco, foi aluno de Armínio. Os dois mantêm uma relação próxima.

Na campanha, Levy trocava ideias com Armínio sobre propostas para a área fiscal. Ele, no entanto, não produziu textos para a campanha nem frequentava pessoalmente reuniões com o grupo de economistas de Aécio.

Uma ala do PT ainda tenta reverter a escolha de Levy para a Fazenda, alegando sua proximidade com o projeto econômico do PSDB.

Eles dizem que a indicação pode representar uma contradição em relação a críticas feitas por Dilma durante a campanha. Ela criticou a escolha de Armínio como possível ministro da Fazenda em um governo tucano.

O nome de Levy tem o apoio de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda no governo Lula e da Casa Civil no início do primeiro mandato de Dilma. Levy foi secretário do Tesouro Nacional de Palocci e conta com o aval do ex-presidente Lula.

A indicação de Levy, confirmada pela Folha na sexta (21), foi bem recebida pelo mercado: naquele dia a Bolsa de São Paulo subiu 5% e o dólar caiu 2,08%.