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Líder do governo Bolsonaro diz que Lava Jato atuou para tirar Lula das eleições

Ricardo Barros. Foto: Reprodução/Twitter

Do Yahoo Notícias.

Líder do governo na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) criticou a “parcialidade” da Lava Jato e disse que a operação agiu para tirar da eleição de 2018 o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, então líder das pesquisas, preso em abril daquele ano.

“É claro que há uma parcialidade na posição da Lava Jato, todos sabem disso. É evidente, é visível. Tirou o Lula da eleição, produziu uma situação nova para o país, a interpretação [da lei] mudou… Era uma [interpretação], mudou para prender Lula. Passou a eleição, mudou para soltar Lula. Não precisamos fazer muito esforço para perceber ativismo político”, disse o parlamentar em entrevista ao UOL.

Barros, que foi ministro da Saúde no governo de Michel Temer, também reclamou que o Ministério Público e a Justiça não são responsabilizados pelos erros que cometeram durante os julgamentos.

“Quem sabe quem não vai ganhar uma eleição no Brasil? O MP e o Judiciário, porque eles agem contra o cidadão no meio da campanha, prendem, fazem busca e apreensão, tiram a pessoa do processo político. E depois de alguns anos, se ficar provado que não era nada… Não era nada, bate nas costas. Nem pedir desculpa eles pedem”, opinou.

O deputado ainda apontou outra falha da Lava Jato: a falta de isenção na atuação do ex-juiz Sergio Moro, que deixou o Ministério da Justiça e da Segurança Pública em abril, acusando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal.

“O fato de já ter dois votos afirmando que ele [Moro] não foi isento já é uma leitura que a população precisa considerar”, disse o líder do governo, se referindo ao julgamento da suspeição do ex-juiz em relação ao caso do tríplex do Guarujá (SP), envolvendo Lula. “Não é para isso que existe o Judiciário. A Justiça é cega e, no caso da Lava Jato, tem olhado para uns [de forma] diferente do que olha para outros.”

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