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Líder do governo Bolsonaro na Câmara apresenta projeto para criminalizar institutos de pesquisa

Líder do governo na Câmara, Ricardo Barros
Foto: Reprodução

O líder do governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), apresentou um projeto de lei para punir os institutos de pesquisa, nesta quinta-feira (6).

A medida propõe que os levantamentos publicados 15 dias antes da eleição, que apresentem diferença do resultado das urnas maior que a margem de erro, devem ser punidos com penas de reclusão de até dez anos e multa.

“Publicar, nos quinze dias que antecedem às eleições, pesquisa eleitoral cujos números divergem, além da margem de erro declarada, em relação aos resultados apurados nas urnas. Pena: reclusão, de 4 a 10 anos, e multa”, diz o texto do projeto.

Segundo a proposta, responderiam pelo crime o estatístico responsável pelo levantamento divulgado, o responsável legal do instituto de pesquisa e o representante legal da empresa contratante da pesquisa.

Depois do primeiro turno das eleições, integrantes do governo Bolsonaro e aliados intensificaram os ataques as pesquisas e passaram a estimular os eleitores a não respondê-las.

De acordo com a jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, o objetivo dos bolsonaristas é fazer com que as pesquisas tenham mais dificuldades de captar o voto do eleitor de Bolsonaro e, assim, apresentem distorções grandes em relação ao resultado nas urnas. A estratégia busca descredibilizar o trabalho dos institutos de pesquisa.

Na véspera do primeiro turno das eleições, o Ipec apontava que Lula tinha 51% das intenções de voto, contra 37% de Bolsonaro. O Datafolha dava 50% das intenções de voto para o petista, ante 36% para o presidente. O resultado foi Lula com 48,43% e Bolsonaro com 43,20%.

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