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Líder do PSDB: bancada segue Tasso e vota pelo processo contra Temer

 

Do Poder360

O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), disse nesta 6ª feira (07) ao Poder360 que os deputados do partido, em sua maioria, têm a mesma posição de Tasso Jereissati sobre o governo Michel Temer. Segundo o deputado, o PSDB deve aprovar em plenário e na CCJ (Constituição e Justiça) a abertura de processo contra o presidente da República.

O presidente interino do PSDB declarou na última 5ª feira (06) que o governo de Temer está “chegando na ingovernabilidade”. Segundo ele, a ascensão ao Planalto do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), conduziria o país “à estabilidade”.

Diz o líder do PSDB na Câmara: “O senador Tasso tem conversado muito conosco na Câmara. O que ele diz é parte do nosso pensamento. Há uma tendência cada vez maior de os ministros deixarem o governo. No plenário, já posso assegurar que a maioria do partido vota pela autorização para abertura do processo”.

Planalto: “O PSDB precisa fazer uma DR”

O Planalto escalou o deputado Beto Mansur (PRB-SP), o único congressista que está na Alemanha com Michel Temer, para responder aos tucanos. De Hamburgo, Mansur disse ao Poder360: “Antes de votar contra o presidente, o PSDB precisa decidir se quer ser governo ou não. Falo à vontade porque lá atrás eu fui 1 dos fundadores do partido. Os tucanos precisam fazer uma DR [discussão de relação] e aí decidirem se entregam os cargos que têm no governo ou não”.

Temer bate na mesa e ameaça ministros

Na reunião ministerial da última 4ª feira (5.jul) à noite, o presidente foi direto. Falou sobre o que acontecerá se a denúncia de Rodrigo Janot for aceita pela Câmara: “Não pensem que os senhores ficarão no governo”.

Não foi uma pancada, mas o presidente chegou a espalmar a mão na mesa com mais força do que o usual ao dizer que todos os ministros devem se engajar para garantir votos na Câmara.

O presidente está diferente. Ministros brincam que às vezes é necessário avisar às pessoas que o presidente está dando uma bronca. O presidente é lhano no trato e raramente levanta a voz, mesmo quando repreende 1 assessor. Daí o porque muitos se surpreenderam com o tom acima usado por Temer no jantar.

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