Do site http://blogs.ne10.uol.com.br/jamildo/2014/11/23/humberto-oferece-abertura-dos-sigilos-bancario-fiscal-e-telefonico-para-provar-que-nao-recebeu-r-1-milhao-de-desvios-na-petrobras/:
Em nova divulgada na madrugada deste domingo (23), o senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, nega que tenha recebido R$ 1 milhão do esquema de desvio de dinheiro da Petrobras através do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, e coloca à disposição de todos os órgãos que atuam na investigação do caso a abertura de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico.
“Tenho uma vida pública pautada pela honradez e seriedade, não respondendo a qualquer ação criminal, civil ou administrativa”, diz o senador no texto. Humberto Costa integra a CPI da Petrobras no Senado e a CPI Mista da Petrobras, que reúne deputados e senadores.
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, afirma que Paulo Roberto Costa teria denunciado o pagamento de R$ 1 milhão a Humberto em um dos depoimentos que ele tem feito em seu processo de delação premiada.
“Sou defensor da apuração de todas as denúncias que envolvam a Petrobras ou qualquer outro órgão do Governo. Porém, entendo que isso deve ser feito com o cuidado de não macular a honra e a dignidade de pessoas idôneas. O fato de o sr. Paulo Roberto estar incluído em um processo de delação premiada não dá a todas as suas denúncias o condão de expressar a realidade dos fatos”, rebate o senador, na nota.
De acordo com o jornal, o dinheiro para o senador teria sido solicitado pelo presidente da Associação das Empresas do Estado de Pernambuco (Assimpra), Mário Barbosa Beltrão. Paulo Roberto Costa não soube explicar como foi feito o repasse e disse apenas que ele saiu da cota de 1% destinada a políticos do PP.
No texto, Humberto afirma que conheceu o ex-diretor da Petrobras em 2004, mas que sua relação com ele foi estritamente institucional, durante o processo de implantação da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) em Pernambuco. A Rnest é um dos focos de desvio da estatal.
O senador petista também afirma ser amigo de infância de Mário Beltrão, que teria ajudado a trabalhar pela instalação da refinaria. “Porém, em nenhum momento eu o pedi e ele muito menos exerceu o papel de solicitar recursos ao Sr. Paulo Roberto para a campanha ao Senado de 2010″, afirma.
Na nota, Humberto diz que a denúncia “padece de consistência” ao afirmar que a doação teria sido financiada pelo PP, por não haver razão que justificasse o apoio de outro partido à sua campanha. Ele também nega que tivesse influência para ameaçar demitir Paulo Roberto Costa da Petrobras, caso não recebesse o valor solicitado.
“Mais inverossímil ainda é a versão de que se o sr. Paulo Roberto não tivesse autorizado tal doação, correria o risco de ser demitido, como se eu, à época sem mandato e tão somente candidato a uma vaga ao Senado, tivesse poder de causar a demissão de um diretor da Petrobrás”, afirma o senador.
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