Apoie o DCM

Líder religioso preso por abusar de fiéis também é acusado de molestar alunas

Investigado por usar religião como pretexto para abusar sexualmente de mulheres, Rafael Maia Carlos Fonseca, 49 anos

A prisão de Rafael Maia Carlos Fonseca, de 49 anos, nesta quarta-feira (24), revelou um histórico de abusos que se estende do ambiente religioso ao acadêmico no Distrito Federal. Além de ser investigado por violar mulheres em rituais espirituais, Rafael é suspeito de molestar adolescentes em um colégio particular de Águas Claras, onde lecionava filosofia. Relatos de ex-alunas detalham que o professor aproveitava momentos de baixa luminosidade no auditório da escola para tocar as jovens sem consentimento e forçar contatos físicos, como beijos forçados.

No contexto religioso, a Polícia Civil (PCDF) apurou que o investigado utilizava a figura da entidade “Malunguinho” para manipular a fé das vítimas e facilitar os crimes. Sob o pretexto de rituais de cura ou proteção, ele induzia as fiéis a tirarem a roupa e consumirem bebidas alcoólicas, progredindo para atos de abuso sexual. O modus operandi baseava-se na quebra da resistência emocional das mulheres, que buscavam amparo espiritual e acabavam sendo vitimadas pelo líder da instituição.

A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam I) reforça que a divulgação da imagem do suspeito visa encorajar novas vítimas a denunciarem. A polícia acredita que o número de mulheres lesadas, tanto na escola quanto no templo, possa ser maior do que o registrado até o momento. Denúncias podem ser feitas anonimamente pelo telefone 197 ou em qualquer delegacia do DF, garantindo o sigilo necessário para o prosseguimento das investigações e a responsabilização criminal do autor.