Após votação comprada, Lira diz que reeleição a presidente da Câmara não depende de Bolsonaro

Arthur Lira diz que seu plano de reeleição à presidência da Câmara dos Deputados não depende de Jair Bolsonaro. O deputado diz que sua volta para o comando da casa não está correlacionada à reeleição do presidente ao Executivo. “A vida do presidente Bolsonaro é uma. A minha vida é outra”, afirmou à Folha.

Questionado se aceitaria o apoio de Lula, caso eleito em 2022, ele preferiu não “falar sobre hipótese”. Alega que sempre se deu bem com parlamentares de oposição, como do PSB, do PT, do PDT e do PSOL e afirma:

“Muitas matérias nós conseguimos votar em acordos feitos à luz do dia com a oposição. E oposição tem de tudo. Tem partidos que conversam como tem muito sectários”.

O presidente da Câmara, entretanto, não quer comentar sobre as próximas eleições, de 2022, mas diz que “não acredita em terceira via”.

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Eleição de Lira foi comprada, diz deputado

Segundo Delegado Waldir, deputado bolsonarista arrependido, parlamentares receberam R$ 10 milhões para votar em Lira para a presidência da Câmara. Os valores teriam sido pagos por meio do Orçamento Secreto. Na ocasião, o alagoano recebeu 302 votos já no primeiro turno da votação.

É por meio das emendas do relator que o presidente da Câmara controla o governo, segundo o parlamentar. Ele conta que quando o Executivo tem uma demanda, como a aprovação de um projeto, o presidente da Câmara entra em jogo e negocia verbas com parlamentares.

“O governo federal traz demandas, não sei na pessoa de quem, da Casa Civil, sei lá eu. Chega no Lira, que é braço direito do governo hoje, que é quem manda no governo”, explica.

 

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