Livro conta que Bolsonaro não toma água de geladeira e se apavora quando Carluxo pira e sai do ar

Do UOL:
Carlos Bolsonaro, ou “Zero Dois”, como já configura na cultura popular, é homem de temperamento errático. O pai, hoje presidente da República, fala publicamente que dá uma atenção especial a ele.
Essa atenção muitas vezes se transformou em angústia, como mostra o livro “Tormenta – O governo Bolsonaro: Crises, intrigas e segredos”, da jornalista Thaís Oyama.
A pesquisa, baseada em depoimentos de interlocutores do presidente, mostra os bastidores da campanha e do cotidiano conturbado do presidente eleito — descrito como alguém que, ou age de supetão, ou prefere uma demorada análise para enfim tomar uma atitude inesperada.
Tanto pai quanto filho, neste caso, sofrem de mania de perseguição — Carlos, segundo conta a obra, usa remédios para controle do humor.
Bolsonaro, quando residente em seu apartamento no setor Sudoeste de Brasília, evitava água da geladeira quando chegava em casa. Tomava da torneira por medo de ser envenenado.
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Segundo os relatos do livro no capítulo “Zero Dois”, em algumas situações, ao ser contrariado pelo pai, Carlos some. Isso deixa Bolsonaro transtornado, preocupado que o filho “faça besteira”.
Quando o vice-presidente e general Hamilton Mourão esteve na panela de fritura bolsonarista, por exemplo, por ter emitido opiniões que divergiam do chefe, Carlos era o mestre-cuca. Tuítes, ataques, insinuações… Tudo valeu para colocar o “conspirador” em maus lençóis, a ponto de um pedido de impeachment ter sido oficializado pelo deputado federal Marcos Feliciano na Câmara.
Porém, quando Zero Dois teve de apagar do perfil oficial do presidente no Twitter um vídeo em que Olavo de Carvalho criticava os militares, numa indireta a Mourão, ele desapareceu. Deixou como recado ao pai, autor da ordem, o mesmo vídeo, só que em seu perfil pessoal.
Segundo o relato, o presidente ficou “transtornado” e “mal conseguiu despachar” naquele dia, sem notícias do filho.
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