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“Lixão da Estrutural” segue ativo e preocupa após deslizamento em aterro de Goiás

Montanha de entulho de 60 metros no Lixão da Estrutural segue aumentando. Foto: Divulgação

Uma nova elevação de detritos no Aterro Ouro Verde, em Padre Bernardo (GO), reacendeu os alertas sobre o Lixão da Estrutural, no entorno do Distrito Federal. Fechado oficialmente em 2018, o local ainda recebe diariamente resíduos da construção civil e podas de árvores, aumentando o volume de lixo acumulado. A antiga área de 200 hectares já abriga cerca de 40 milhões de toneladas de detritos com até 60 metros de altura, conforme dados da UnB.

Especialistas, como o vice‑diretor da Faculdade de Tecnologia da UnB, Paulo Celso dos Reis Gomes, afirmam que o aterro é monitorado e tem baixo risco de colapso graças à compactação contínua e ao controle técnico de gás e chorume.

Ainda assim, ele alerta que, sem continuidade nas operações, a estabilidade da “montanha” pode ser comprometida por fissuras e drenagem insuficiente, aumentando o risco de escorregamento. Uma decisão judicial exige o encerramento definitivo e a recuperação da área, seja por reabilitação natural (em 30 a 40 anos) ou intervenção ativa (em 15 a 20 anos), com custos estimados entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão.

O plano prevê transformar o local em parque ou área urbana, mas depende de decisão política e a conclusão de estudos feitos pela UnB em parceria com o GAC, SLU e Sema-DF.