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Lobista do cartel dos trens em São Paulo frequentava reuniões na sede da CPTM

Apontado pela Polícia Federal como um dos consultores utilizados para pagar propina da Siemens e da Alstom a políticos do PSDB e servidores, o lobista Arthur Teixeira frequentou reuniões técnicas e acompanhou contratos dentro da sede da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

A informação foi revelada por José Luiz Lavorente, diretor de operação e manutenção da CPTM, em depoimento à Corregedoria Geral da Administração.

Segundo Lavorente, o lobista representou a Alstom, de origem francesa, a CAF, da Espanha, e a Bombardier, do Canadá. “Arthur Teixeira chegava a representar as empresas na fase de execução do contrato”, completou.

A CPTM afirma que são as empresas que decidem quem vai representá-las.

Os contratos de manutenção –os dos trens das séries 2000, 2100 e 3000– foram alvos de cartel, segundo denúncia que a Siemens apresentou ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão do governo federal que cuida da defesa da concorrência. Um dos papéis entregues pela empresa alemã indica que se não houvesse conluio a companhia ofereceria proposta com valor 30% menor que o apresentado para ganhar a concorrência.

 

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FOLHA