Luan Santana: “Sinto-me na obrigação de defender e cuidar do Pantanal”

FOTO DE NICOLLE COMIS/DIVULGAÇÃO
De Gabriel de Sá na National Geographic.
Após lançar o clipe da canção Um grito entre as cinzas, o cantor sul-mato-grossense Luan Santana dá um passo adiante na missão de trazer visibilidade para a dramática situação do Pantanal, onde o artista nasceu e cresceu, e que sofre com uma das piores temporadas de queimada de sua história recente. Após ver o fogo consumir 29% da área do bioma, Luan Santana promove neste domingo, 22 de novembro, uma apresentação musical diretamente do rio Paraguai para arrecadar fundos para a conservação da região. A live #OPantanalChama será transmitida pelo canal National Geographic às 17h.
“Ver o nosso Pantanal assim deixa o peito em chama de desespero. Dá vontade de transbordar em água e ir lá apagar”, diz o artista de 29 anos em entrevista exclusiva à National Geographic Brasil. O bioma permeia as melhores lembranças de Luan Santana, nascido em Campo Grande (MS). “É um contato tão forte com a natureza que você se sente em conexão direta com Deus”, observa ele.
Mas o que Luan viu em sua última visita à região fez com que ele resolvesse usar sua influência e agir. “Fiquei impactado em me deparar com aquele paraíso assim, todo cinza, como uma cena de filme de guerra”, conta ele. Com #OPantanalChama, o artista pretende arrecadar cerca de R$ 8 milhões e repassar o valor para o Instituto SOS Pantanal, cuja missão é recuperar e preservar a paisagem pantaneira.
As cifras parecem altas, mas, para Luan, que contabiliza mais de 70 milhões de seguidores em suas redes sociais, nada parece impossível. “Não é tempo de medir esforços para salvar tantos animas da morte e tanta gente que sobrevive da riqueza ribeirinha produzida pela fauna e a flora locais”, defende o cantor.
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E quando você tomou consciência de que sua vida estava totalmente atrelada a esse bioma?
Além de ser sul-mato-grossense, sou brasileiro. Me sinto no dever e na obrigação de defender e cuidar de algo que é tão nosso.
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