Apoie o DCM

Luciano Huck prega pacto social entre “a favela e a Faria Lima”

De Graciliano Rocha

Ainda faltam mais de dois anos para a eleição de 2022, mas o apresentador de TV e empresário Luciano Huck tem ajustado o discurso de candidato com críticas à polarização política e de Jair Bolsonaro. Na live do BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina, ele pregou uma espécie de pacto social – entre “a favela e a Faria Lima” – para “recolher os cacos” e reconstruir o país.

“A gente tem como obrigação tentar transformar, as coisas não vão se transformar por geração espontânea. Elas vão se transformar se a gente conseguir engajar todo mundo, da favela à Faria Lima, do Oiapoque ao Chuí, da floresta ao Leblon”, disse o apresentador. Faria Lima é o centro do mercado financeiro no país.

“O Brasil precisa encontrar o caminho da esperança (…) Vamos fazer as pessoas terem esperança de volta, botando na mesa o que esse país tem de melhor. Tem que ouvir a Central Única das Favelas e a Faria Lima, tem que ouvir o agronegócio sério do Mato Grosso do Sul como tem que ouvir as comunidades indígenas. Tem que juntar em vez de separar. Essa é a nossa grande missão: recolher os cacos, juntar e fazer o país ser o mais legal do mundo. Dá”, disse.

Sempre que pôde em uma hora de conversa, ele demarcou o lugar que aparenta querer ocupar no debate: longe dos “extremos”, isto é, num lugar do espectro capaz de atrair votos dos arrependidos que apoiaram Jair Bolsonaro e que tampouco suportam o PT.

(…)