Lula defende conversa com quem votou pelo golpe, mas crava: “Precisam respeitar a Dilma”

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Na manhã desta terça-feira (31), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre o golpe que resultou no impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, na entrevista para a Bandeirantes FM ele afirmou que os brasileiros deveriam ter respeito a ex-chefe do executivo.
“Quero que o Brasil lembre que a Dilma foi vítima de golpe, de armação (…) Tivemos um presidente da Câmara que trabalhava com o intuito de prejudicar o governo. Era tudo para evitar que a Dilma governasse, tudo para evitar que desse certo o governo”, disse Lula.
“Olha, vocês precisam a aprender a ter respeito pela presidente Dilma, porque poucas vezes na história deste país a gente teve uma mulher da qualidade dela”, continuou o ex-presidente.
No entanto, ele falou que ainda conversa com os parlamentares que participaram do impeachment.
“Faço política vivendo o momento em que estou vivendo. Agora, estou conversando com muita gente que participou do golpe da Dilma, porque se não conversar não faz política, você não avança na relação política com o Congresso Nacional e com os partidos”, afirmou Lula.
Na conversa, Lula também comentou sobre sobre o caso do assassinado de Genivaldo Santos, que foi morto asfixiado após ter sido preso por policiais em uma viatura da Policia Rodoviária, na última quarta-feira (25) e também sobre a operação policial violenta na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, que resultou na morte de mais de 20 pessoas.
“Se o Estado chegasse antes com política social, emprego, educação, saúde, cultura, saneamento, asfalto, iluminação, certamente a polícia seria mais um ingrediente de política social e não a única solução como se tenta estabelecer. Acho abominável esse genocídio que acontece no Brasil”, disse.
“A gente pensa que a polícia resolve o problema. Mas quando ela vai, ela vai para atirar, não para resolver. O problema deveria ter sido resolvido antes”, continuou.
Além disso, ele disse que nem sempre é culpa da instituição, mas a maioria dos policiais “maneira equivocada” e afimou que “em nome de matar bandido, se mata inocente”.