Lula: “Devemos continuar lutando para recuperar a democracia no Brasil”

Do Página 12:

Luiz Inácio Lula da Silva foi libertado há pouco mais de dois meses, após os 580 dias de prisão que o impediram de concorrer às eleições de 2018 derrotadas por Jair Bolsonaro. A prisão não o intimidou. “Não tenho medo”, disse ele durante a entrevista, a primeira dada à mídia argentina depois de deixar a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. “Devemos continuar lutando para recuperar a democracia no Brasil.” Os combates políticos estão contra a “direita fascista”, adverte.

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Ele sustenta que Bolsonaro e Moro sofreram um revés político quando recuperou a liberdade e não descarta que foi preso novamente usando algum pretexto legal.

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Como sua libertação afetou o governo?

– Acho que eles não queriam que eu saísse da prisão, mas apesar de estar na prisão, fiz uma atividade política muito importante desde a prisão por causa da solidariedade do povo brasileiro, a cidade foi extraordinária (..) tivemos a vigília de 580 dias (..) houve também a solidariedade de deputados (brasileiros), intelectuais europeus, deputados europeus, juízes europeus, a vestimenta do atual presidente Alberto Fernández, a visita dos colegas Noam Chomsky, Baltazar Garzón e outras personalidades como o camarada Rodriguez Zaapatero, Ernesto Samper, que na época era coordenador da Unasul, deputados do Partido Democrata dos EUA, franceses, alemães, italianos. Essa solidariedade fez o presidente Bolsonaro e o ministro Moro começarem a se preocupar.

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