Lula diz que alianças no 2º turno “não serão ideológicas”

Foto: Ricardo Stuckert
Após o primeiro turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou, nesta segunda-feira (3), com os coordenadores da campanha em um hotel, em São Paulo. Ao fim da reunião, o petista prometeu falar com quem “for necessário” para ganhar as eleições e disse que as alianças para o segundo turno não serão ideológicas.
“A partir de amanhã, nós já estamos em campanha. Nós ainda temos que fechar alguns acordos. Nós temos que conversar com todas as pessoas neste país que não votaram conosco no primeiro turno. Agora, a escolha não é ideológica”, afirmou o ex-presidente à imprensa.
“Nós vamos conversar com todas as forças políticas que tenham voto, que tenham representatividade, que tenham significância política nesse país, para que a gente consiga somar num bloco os democratas contra aqueles que não são democratas”.
Lula criticou a polarização política no país e afirmou que não ganhar no primeiro turno “talvez tenha sido um erro nosso”.
“Essa polarização existe desde o começo do ano, ninguém conseguiu evitar por mais que se falasse em terceira via, por mais que se tentasse achar candidato, por mais que se inventou candidato, ou seja, não se conseguiu acabar com a polarização porque ela é real. Ela tem hoje dois lados. Tem um lado que defende a democracia, defende um Estado de Bem-Estar Social e tem outra […] que a gente poderia dizer que foi genocida, que carrega nas costas a responsabilidade de pelo menos metade das pessoas que morreram, por falta de responsabilidade, por falta de comportamento governamental”, declarou.
O ex-presidente convocou os apoiadores, pediu ajuda aos aliados que saíram vencedores no primeiro turno e chamou o movimento estudantil para ir às ruas. Lula ainda prometeu articulação com os candidatos do Rio Grande do Sul e com os adversários de Fernando Haddad (PT) em São Paulo, citando o atual governador do estado Rodrigo Garcia (PSDB).