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Lula: “Se alguém pensa que com essa sentença me tiraram do jogo, pode saber que eu estou no jogo”

 

Do 247:

Em entrevista coletiva concedida da sede do PT em São Paulo na manhã desta quinta-feira 13, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sua condenação a nove anos e meio de prisão pelo juiz Sergio Moro.

No início de sua fala, o ex-presidente afirmou que Moro tem para com ele um otimismo que nem ele tem. “Ele está permitindo que eu possa ser candidato em 2036”, declarou. “O que aconteceu ontem eu já previa desde o dia 18 de outubro de 2016”, acrescentou, citando um artigo dele publicado na Folha.

“Eles já estavam com o processo pronto, com a concepção da condenação pronta”, afirmou Lula. “Eu sinto que há uma tentativa de me tirar do jogo político”, disse ainda, acrescentando que é um homem que acredita nas instituições do País.

“A única prova que existe nesse processo, de não sei quantas mil páginas, é a prova da minha inocência. Eu queria fazer um apelo à imprensa, que se alguém tiver uma prova contra mim, por favor, mostre”, discursou.

“O que me deixa indignado é que você está sendo vitima de um grupo de pessoas que mentiu pela primeira vez e agora continuando mentindo para manter a primeira mentira”.

O ex-presidente destacou que o delator Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, mudou sua versão em depoimento aos procuradores da Lava Jato, passando a acusar o petista para conseguir benefícios, como a diminuição de sua pena.

“Se alguém pensa que com essa sentença me tiraram do jogo, pode saber que eu estou no jogo. E agora quero dizer ao meu partido, que até agora eu não tinha reivindicado, mas a partir de agora eu vou me reivindicar como postulante à candidatura”, anunciou.

Depois de fazer duras críticas ao atual governo, que têm voltado atrás em diversos avanços dos governos petistas, Lula apelou: “se vocês, da Casa Grande, não sabem fazer, deixem alguém da Senzala para cuidar do povo brasileiro”.

Lula concluiu dizendo que “o ódio está disseminado nesse País”, citando a Rede Globo e o Jornal Nacional.