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Lula visita padre Júlio Lancellotti e fala do seu compromisso com os mais pobres

Lula. Foto: Ricardo Stuckert/Instagram

Ex-presidente Lula visitou nesta terça (25) o padre Júlio Lancellotti.

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O padre relatou a grave situação de vulnerabilidade da população de rua paulistana. Já Lula falou da necessidade de voltar a “incluir o pobre no orçamento da União”.  Esse encontro foi realizado seguindo as recomendações de prevenção ao coronavírus e foi uma surpresa de Lula ao padre para incentivar a doação de roupas e cobertores a pessoas em situação de rua.

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De acordo com o ex-presidente, a luta pelos direitos dos mais pobres é o que o motiva a voltar ao Palácio do Planalto. ‘Se agente não resolver o problema dos pobres, a gente não resolve mais nada. Se eu for candidato, se preparem, porque vamos ter que fazer muito mais do que fizemos”. Lula também disse que todo preconceito da elite contra ele se deu por causa de sua atenção e relação com os pobres do país.

“Durante oito anos eu fazia questão, fazia parte da minha agenda, todo 22 ou 23 de dezembro vir fazer uma reunião debaixo de um viaduto. A gente vinha atender algumas coisas e recebia pauta de reivindicação. Esta coisa marcou minha vida. Às vezes eu fico pensando por que se gerou tanto ódio contra o PT, contra o Lula, contra a Dilma. Quem sabe que eu tivesse dedicado o dia que eu vim conversar com vocês, se eu estivesse em um clube jogando qualquer coisa, talvez se eu estivesse jogando golfe com os ricos desse país, não teria preconceito”.

Lula afirma que nenhum outro aspecto de sua vida política lhe dá tanto orgulho quanto seu diálogo com a classe trabalhadora brasileira. “Não me orgulho de ter visitado presidente, não me orgulho de ter dormido em palácios, não me orgulho de ter andado com a rainha da Inglaterra, mas me orgulho de ter visitado os moradores de rua por oito anos”. “A coisa mais barata para um governo é cuidar do povo pobre. Não tem nada mais fácil do que você garantir que as pessoas tenham três refeições por dia, tenham um emprego, tenham um pedacinho de terra para morar”, disse Lula.

O ex-presidente comentou a participação de Jair Bolsonaro em um ato no domingo (23) no Rio de Janeiro e condenou a ausência de uma agenda social do atual chefe do governo federal na cidade. “Ele não teve coragem de visitar sequer a favela em que a polícia matou 28 pessoas. Ela foi lá para matar. O Estado não existe para matar, existe para proteger. Esse presidente não disse uma palavra de solidariedade às famílias de mais de 450 mil pessoas que morreram [vítimas da Covid-19]”. “Quem vai derrotar esse fascista é o povo brasileiro, que merece ser respeitado”, disparou Lula.