Maçã do amor: a tradição doce que atravessa gerações e encanta até hoje nas festas de junho e julho

Brilhante, vermelha e irresistível, a maçã do amor é um dos doces mais simbólicos das festas juninas e julinas em todo o Brasil. Sua imagem está profundamente ligada à infância, aos parques, quermesses e festas escolares que marcam o meio do ano. Mais do que uma guloseima, ela representa uma lembrança coletiva: o cheiro do caramelo no ar, a maçã sendo entregue nas mãos de uma criança e o prazer de saborear um doce simples e marcante.
A receita é direta, mas exige atenção. Para fazer a maçã do amor perfeita, basta utilizar maçãs frescas, palitos de madeira e uma calda feita com açúcar, corante vermelho, água e um toque de vinagre, que dá brilho e evita a cristalização. A mistura deve atingir o ponto de bala dura antes de cobrir as frutas uma a uma. Depois de mergulhadas, as maçãs são colocadas em uma superfície untada para secar e formar a casquinha crocante.
Esse doce começou a se popularizar no Brasil no início do século XX e rapidamente virou tradição nas festas juninas, principalmente por seu baixo custo e apelo visual. Além disso, era símbolo de carinho e até presente romântico entre jovens casais. Nas famílias, a maçã do amor ganhou espaço como receita feita com os filhos, fortalecendo vínculos e transmitindo memórias afetivas por meio do sabor e da brincadeira.