Mãe acusa escola de expulsar filho por ser gay e pobre

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A mãe de um adolescente de 14 anos acusa o Colégio Batista Brasileiro, um dos mais tradicionais de Perdizes, em São Paulo, de expulsar o filho por ser gay, ter bolsa integral, não pagar mensalidade e ser de origem pobre, segundo reportagem do Estadão.
A escola nega qualquer tipo de preconceito e diz que o menino era indisciplinado e praticava bullying. Atualmente, a expulsão é permitida só em casos excepcionais, a mãe alega que foi coagida pela direção do colégio a assinar um documento pedindo a transferência do aluno.
O garoto estava na escola desde os 8 anos e possuía uma bolsa concedida a famílias carentes que frequentavam a igreja, de denominação evangélica, ligada à escola. A mãe trabalha como empregada doméstica e cria o filho sozinha. O adolescente é ótimo aluno e tirava boas notas, segundo a direção da escola, mas vinha tendo brigas com colegas. Depois de uma discussão na porta do colégio com uma das meninas, a direção decidiu que pediria a expulsão do estudante.
O Ministério Público Estadual recebeu denúncia sobre o caso na segunda-feira (9) e iniciou apuração preliminar. Segundo o promotor João Paulo Faustinoni, secretário do Grupo de Atuação Especial em Educação (Geduc), é necessário investigar se a mãe teve alternativa ou se foi constrangida a aceitar a transferência e também se houve discriminação por parte da escola.
O menino tentou o suicídio e está sem estudar. A mãe diz que está “desesperada” porque não tem como pagar uma escola particular e o filho se recusa a ser transferido para uma da rede pública.