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Mãe acusa professora de chamar a filha de macaca

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“As crianças estavam desenhando assim e depois a tia (me chamou de) ‘macaca’, depois todo mundo ria de mim. Não gosto que ria de mim, porque eu fico chorando. Isso não é coisa de Deus. Os amiguinhos brincam comigo e a tia chama de macaca”. O desabafo foi feito por uma menina de cinco anos à mãe, após um dia de aula na Escola Municipal de Educação Infantil Marechal Osvaldo Cordeiro Faria, no Jardim Eliana, Zona Sul de São Paulo, na quarta-feira da semana passada.

Preocupada com um possível caso de racismo contra a filha, a vendedora Raylaine Martins de Oliveira, de 30 anos, procurou a institução na última segunda-feira. Ela conta que sempre conversa com a menina na volta para casa e, neste dia, a criança apresentou um comportamento estranho.

“Nesse dia, ela teve uma atividade coletiva na escola, foi toda alegre e contente. À noite, perguntei como foi e senti a voz dela meio aflita. Aí a voz dela começou a mudar e ela começou a chorar. Minha filha contou que depois da atividade de plantar o jardim, a turma foi para outra sala, onde estava outra professora. Ela me disse que essa professora chegou perto dela e olhou para o desenho dela e falou que não era pintura, era rabisco. E chamou ela de macaca. Isso ela já falou chorando”, conta Raylaine.

Na escola, a mãe afirma ter encontrado dificuldades para identificar a professora responsável pela turma durante a atividade. Segundo Raylaine, foram necessárias oito tentativas até que a diretora retornasse para ela e contasse quem foi a funcionária. A professora que teria chamado a menina de ‘macaca’ não teria dado explicações sobre o episódio.

“Eu olhei para ela e perguntei: “Seja honesta com você. Você acha que é certo falar para uma criança que o desenho dela é um rabisco e compará-la com um animal?”. Ela foi bem fria, não vou dizer arrogante, mas fria. Ela realmente falou que era um rabisco, pediu desculpas, mas em relação ao xingamento, ela desviava o olhar, ela não me respondia nem que sim, nem que não. Quando vi que ela estava fugindo do assunto, disse que a gente ia ouvir a voz da minha filha. Então coloquei o áudio dela conversando comigo. A professora da minha filha e a diretora começaram a chorar. Ela ficou me olhando com cara de assustada. Aí falei: “Você acha que a minha filha está mentindo? Ela está inventando?”. Aí ela não me respondeu, se calou.”

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