Mães desabafam sobre redes sociais após perder filhos: “Dei a arma dele aos 9 anos”

Mia Bannister e Emma Mason, duas australianas que perderam os filhos adolescentes para o suicídio, tornaram-se símbolos da luta para restringir redes sociais a menores. Ollie, de 14, e Tilly, de 15, sofreram bullying online e acessaram instruções de como se matar nas plataformas. “Dei ao Ollie a arma dele, o celular, quando ele tinha 9 anos”, disse Mia em entrevista ao Estadão.
As mães se conheceram no Parlamento australiano, onde relataram suas histórias para pressionar por mudanças. “A plataforma provavelmente sabe mais sobre seu filho do que você. Cada curtida alimenta algoritmos que entregam conteúdos prejudiciais”, afirmou Emma. A Austrália se tornou o primeiro país a proibir contas em redes como Instagram e TikTok para menores de 16 anos.
Elas fundaram instituições e discursaram até na ONU. “Estamos enfrentando empresas de tecnologia que valem bilhões”, disse Emma. A noite em que a lei entrou em vigor, a ponte Harbour Bridge em Sydney foi iluminada com a frase “Let Them Be Kids” (Deixem que sejam crianças).
