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Maior estelionatária do Brasil deixa prisão após 32 anos e planeja abrir marca de roupas

Dominique Cristina Scharf em duas fases: no período de sua trajetória criminosa e nos dias de hoje. Foto: Reprodução

Após 32 anos presa, Dominique Cristina Scharf, de 65 anos, deixou a Penitenciária Feminina de Tremembé no início de outubro. Conhecida como a maior estelionatária do Brasil, ela cumpriu longa trajetória no sistema prisional marcada por fugas, novas condenações e processos acumulados que chegaram a somar quase 58 anos de pena.

Sua libertação ocorreu por progressão ao regime aberto, embora a defesa tenha tentado encerrar a punição com base no limite legal de 30 anos, vigente quando foi condenada. Nascida em São Paulo em 1960, filha de pai americano e mãe alemã, ela cresceu em uma família de classe alta, mas ainda jovem iniciou pequenos delitos que evoluíram para fraudes sofisticadas.

Dominique criou identidades falsas, aplicou golpes milionários, envolveu-se em tráfico de armas e clonagem de veículos e chegou a ser acusada de tentativa de homicídio durante um assalto em 2003. No auge, acumulava dezenas de inquéritos e processos por estelionato, falsificação e assaltos.

Ela fugiu duas vezes de presídios paulistas, uma delas escalando uma muralha de seis metros. Dentro da cadeia, construiu fama entre detentas, dividida entre glamour e arrependimento. Agora em liberdade, Dominique planeja recomeçar com um negócio próprio: uma confecção de roupas de tricô feitas à mão, habilidade que desenvolveu na prisão.