Mais da metade dos mortos em Manaus não tinha ligação com facção
Do G1:
O ministro da Justiça, Alexandre Moraes, classificou na manhã desta terça-feira (3) como erro ligar as mortes e rebeliões registradas no Amazonas somente às guerras entre facções. Mais da metade dos mortos não tinha ligação com facção, segundo ele. O Secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP), Sérgio Fontes, afirmou, no entanto, que as organizações criminosas “são pano de fundo” para os crimes. Em dois presídios da capital, 60 foram mortos em motins.
O ministro está em Manaus para acompanhar a crise no sistema prisional do estado. Além de rebeliões, 184 presos fugiram. O motim teve início na tarde do domingo (1º) e, conforme a SSP-AM, trata-se de uma briga entre facções.
“Isso é um erro que não podemos cometer, achar que, de uma forma simplista, que esse massacre e essas rebeliões são simplesmente guerra entre facções. Aqui, os 56 mortos, mais da metade não tinha ligação com nenhuma facção. Isso é algo que não vem sendo divulgado, exatamente porque sempre é mais fácil uma explicação simplista”, disse o ministro em entrevista.
Na segunda-feira (2), o secretário Sérgio Fontes disse que os mortos são integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e presos por estupro.
Moraes visitou, na manhã desta terça (3), o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), onde 56 detentos foram mortos. O massacre no Complexo é considerada a maior chacina de presos ocorrida no estado. Na capital, o ministro anunciou que líderes do massacre vão para presídios federais.
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