Mais seco que o Saara: cidades de SP batem recorde de baixa umidade

São Paulo enfrenta um cenário de clima extremo com índices de umidade do ar comparáveis aos desertos do Saara e do Atacama. Em cidades do interior paulista, como Descalvado e Bragança Paulista, a umidade relativa caiu para 4% e 4,3%, respectivamente, segundo dados da Defesa Civil divulgados nesta quinta-feira (11/9).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda níveis mínimos de 60% de umidade para condições adequadas de saúde. Quando o índice cai abaixo de 30%, já é considerado crítico, e valores inferiores a 12% configuram estado de emergência. Nessas condições, a saúde da população fica em risco, com maior probabilidade de crises respiratórias, desidratação, fadiga e agravamento de doenças como asma.
O meio ambiente também sofre com a seca severa. Vegetações tornam-se mais vulneráveis a incêndios, que se espalham rapidamente e dificultam a ação dos brigadistas. Além do ar seco, o calor também castiga: Paulo de Faria registrou temperaturas acima de 40°C, e outras cidades, como Araçatuba e Tupi Paulista, chegaram perto desse patamar.
Ao todo, 511 municípios paulistas receberam alerta severo da Defesa Civil, número recorde desde o início dos avisos neste período de estiagem. Para reduzir os impactos, as autoridades recomendam hidratação frequente, uso de soro fisiológico em olhos e narinas, evitar atividades físicas sob sol forte, manter ambientes umidificados e não usar fogo para limpeza de terrenos. Na região metropolitana, uma frente fria deve aliviar a situação nos próximos dias, trazendo chuviscos e temperaturas mais amenas.
