Major Olímpio reconhece que nomeação do filho do general no Banco do Brasil desgasta o governo

Em entrevista ao El País, o senador eleito Major Olímpio, do PSL-SP, diz que a nomeação do filho do general Hamílton Mourão para um cargo de confiança no Banco do Brasil, que o triplo do salário, é legal, mas provocou desgaste.
Veja o trecho da entrevista:
P. Bolsonaro assumiu com o discurso de que extinguiria a prática de indicações políticas ou apadrinhamentos para os cargos comissionados. A nomeação do filho do vice-presidente Hamilton Mourão para uma assessoria especial no Banco do Brasil não confronta esse discurso?
R. A direção do banco explicou que ele era um funcionário de carreira e capaz. Estava dentro do plano do direito. Se era adequada essa promoção salarial dessa natureza, não pegou bem. Desde os tempos de policial, eu aprendi: “Nunca se explique. Porque, para os amigos, não precisa. E os inimigos não acreditam”. O que interessa é que está dentro do parâmetro de legalidade. Neste momento, ele está sendo prejudicado por ser filho do vice-presidente. Duvido que, pelo perfil do general Mourão, ele fosse interceder pela promoção do filho. Logicamente, essa promoção causou um desgaste.