Maju Coutinho diz que colocar negros para falar apenas de racismo é “segunda escravidão”

A jornalista Maju Coutinho, âncora da TV Globo, define 2020 como um marco na forma como a imprensa aborda o racismo. A força que a pauta antirracista ganhou em vários países tornou evidente, também no jornalismo, a necessidade de ter espaços e pontos de vista mais diversos.
Em entrevista ao podcast Café da Manhã, Maju afirma que a falta de diversidade implica em um olhar unilateral nas Redações. A jornalista diz que a imprensa chamar negros para falar apenas de racismo é “uma segunda escravidão”.
“Eu não sou Wikipreta”, diz Maju. “Eu tenho a vivência de racismo, mas eu não sou a especialista no tema. Tem outras referências que se debruçam sobre esse assunto e que merecem ser mais ouvidas do que eu. Mas também há outros negros para falar sobre outras coisas.”
No episódio a âncora da TV Globo fala sobre desinformação, imparcialidade e a importância da diversidade no jornalismo. (…)
Ouça abaixo a participação de Maju no podcast Café da Manhã:
'Eu não sou a Wikipreta', diz Maju Coutinho. Em podcast, âncora da TV Globo diz que colocar negros para falar apenas de racismo na imprensa é 'segunda escravidão'. Ouça o Café da Manhã https://t.co/aZH210XLQl pic.twitter.com/mkGs4JYi0k
— Folha de S.Paulo (@folha) February 26, 2021