Mandado contra Trump revela documentos que poderiam comprometer inteligência dos EUA

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Nesta sexta-feira (26), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, em uma investida inédita, divulgou um mandado de busca da operação que apreendeu documentos na casa do republicano e ex-presidente, Donald Trump.
O documento, tornado público pelo juiz Federal Bruce Reinhart, explicita as razões que levaram a polícia até a casa do republicano. A situação criou um clima de tensão no país, suscitando ameaças e até um atentado de um apoiador de Trump contra agentes de segurança.
Antes da operação feita em agosto, as caixas entregues pelo ex-presidente ao arquivo nacional foram analisadas pelo FBI. O pacote só foi entregue após a insistência do órgão, Trump permaneceu com o material durante um ano após ter deixado a presidência.
Quando os documentos foram analisados pela Polícia Federal americana foram encontrados 184 documentos, classificados como confidenciais, secretos e ultrassecretos, e alguns deles ainda com anotações manuscritas pelo ex-presidente.
Grande parte do material que foi divulgado conta com tarjas em suas passagens com a justificativa de “proteger a segurança e a privacidade de um número significativo de testemunhas civis, além de agentes de segurança, bem como proteger a integridade da investigação em curso”.
De acordo com o prescrito no mandado, qualquer acesso não autorizado aos documentos recolhidos poderia “resultar em dano à segurança nacional”.
A situação levantou preocupação sobre a possibilidade do ex-presidente ter mais informações confidenciais contidas por ele. O mandado, então, autorizou agentes de segurança a apreender “todos os documentos e registros que constituam evidência, contrabando, frutos de crimes ou outros itens possuídos de forma ilegal”.