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Mãos e pés frios: entenda as causas e saiba quando pode ser sinal de doença

Mãos e pés. Foto: Ilustração

Mãos e pés gelados são uma queixa comum e, na maioria das vezes, não representam um problema de saúde. Segundo especialistas consultados pelo The New York Times, essas regiões tendem a esfriar primeiro por estarem mais distantes do centro do corpo, onde o calor é produzido, e por terem menos músculos e gordura para isolamento térmico. No frio, os vasos sanguíneos das extremidades se contraem para preservar o calor interno, o que reduz ainda mais a temperatura dos dedos, embora isso normalmente seja inofensivo.

Em alguns casos, porém, mãos e pés frios podem sinalizar condições médicas que merecem atenção. A síndrome de Raynaud é uma delas, provocando espasmos das artérias que interrompem temporariamente o fluxo sanguíneo e alteram a cor dos dedos. O sintoma também pode estar associado a doenças autoimunes, hipotireoidismo, anemia, lesões nervosas, doença arterial periférica ou ao uso de medicamentos como betabloqueadores e descongestionantes. Os especialistas recomendam buscar avaliação médica quando o frio aparece de forma repentina, intensa, persistente ou acompanhado de dor, feridas ou alteração de sensibilidade.

Para amenizar o desconforto, a orientação principal é manter o corpo como um todo aquecido. Vestir-se em camadas, proteger o tronco, usar gorros, luvas e meias grossas e evitar roupas úmidas ajudam a estabilizar a temperatura. A atividade física também contribui, pois aumenta a circulação e melhora o fluxo sanguíneo para as extremidades, e, em casa, fontes suaves de calor, como cobertores, são preferíveis a calor intenso direto. Ajustes simples no dia a dia costumam resolver o problema, mas reconhecer sinais de alerta é essencial para diferenciar desconfortos comuns de eventuais doenças que exigem atenção médica.