Marcha da Família gera confronto entre grupos pró e contra intervenção militar no Rio
Após se chamarem de “fascistas” e “terroristas”, manifestantes contra e pró uma intervenção militar no Brasil entraram em confronto neste sábado em frente ao Palácio Duque de Caxias, no centro do Rio, e policiais militares do Batalhão de Grandes Eventos usaram cassetetes e balas de borracha para acabar com a confusão.
Um grupo estimado em 150 pessoas pela Polícia Militar participava da tentativa de reeditar a Marcha da Família com Deus Pela Liberdade, 50 anos depois do movimento que antecedeu o golpe militar em 1964, quando cmilitantes de movimentos sociais se aproximaram aos gritos de “cadeia, já, para os fascistas do regime militar”.
Os defensores da intervenção militar responderam aos gritos de “fora, comunistas,” e “terroristas”, e o clima ficou tenso.
A polícia fez um cordão de isolamento para impedir que os dois grupos se confrontassem, mas um homem que participava da Marcha da Família conseguiu furar o bloqueio, passando por cima de uma das saídas de ar próximas ao Panteão e ao monumento de Duque de Caxias e avançou contra os representantes dos movimentos sociais.
Depois de agredir um manifestante, ele foi atingido com o cabo de uma bandeira, e os policiais dispersaram o protesto contra a intervenção, usando balas de borracha e cassetetes. Os manifestantes correram para a Central do Brasil, onde parte do comércio fechou as portas.
Em pelo menos mais duas ocasiões, manifestantes de lados opostos trocaram socos e chutes em frente ao Quartel-General do Comando Militar do Leste. Durante cerca de 20 minutos, o clima foi de provocação, com palavras de baixo calão, acusações e xingamentos. Depois, o grupo contrário à intervenção militar se manteve em frente à Central do Brasil, enquanto a Marcha da Família continuou ao lado do prédio do Exército, já com número bastante reduzido.
O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) compareceu à marcha, mas não se posicionou a favor do pedido de intervenção militar, por entender que isso descaracteriza o movimento. “Estou aqui como um patriota”, disse Bolsonaro.
Saiba Mais: Agência Brasil