Marcius Melhem se revolta e diz que Ministério Público favoreceu Dani Calabresa
Marcius Melhem usou as redes sociais para protestar contra a nomeação de uma nova promotora de Justiça para o caso em que foi acusado de assédio moral e sexual por Dani Calabresa. Na opinião do comediante, a designação foi feita ao arrepio da lei porque, oficialmente, já existia um promotor responsável pela ação.
Atualmente, o promotor do inquérito que corre na 2ª Promotoria de Investigação Penal Territorial da Área Botafogo e Copacabana é Sauvei Lai. No dia 7 de junho, porém, o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, requisitou que Isabela Jourdan da Cruz Moura, titular de outra promotoria, auxilie no caso.
Em nota, o Ministério Público informou que Jourdan vai conduzir o inquérito, o que fez com que Melhem reagisse: “É curioso que pessoas que se dizem do campo progressista, que até pouco tempo atrás estavam criticando decisões tomadas ao arrepio da normalidade democrática e da lei, agora calem, apoiem ou participem de algo que claramente afronta o direito”.
A lei não permite que um procurador-geral substitua promotores naturais dos casos para que exista imparcialidade nas investigações. Isso só é permitido quando conta com a anuência do promotor natural, o que ocorreu neste caso. A escolha da promotora foi feita 57 dias após uma reunião virtual entre o procurador-geral, as atrizes e seus advogados.
A Procuradoria-Geral de Justiça do Rio disse que as vítimas quiseram expor na reunião o sofrimento que vêm passando ao longo da ação e que “a partir do encontro, foi pensado um nome que pudesse se dedicar (não exclusivamente) ao inquérito”. “Toda a sociedade ficou sensibilizada com a situação das vítimas”, afirmou o MP.
No entanto, a instituição alegou que “não houve nenhuma preferência ou predileção, mas apenas se quis um promotor, dentre vários possíveis, que pudesse conduzir o inquérito”.