Apoie o DCM

Marcos Valério diz que tesoureiro de Azeredo recebeu R$ 700 mil para abafar mensalão tucano

Reportagem da Folha de S.Paulo aponta que o escândalo envolvendo o PSDB nos anos 90 quase foi abafado. O publicitário Marcos Valério disse à Justiça que Cláudio Mourão, então tesoureiro da campanha do ex-governador Eduardo Azeredo à reeleição em Minas em 1998, recebeu R$ 700 mil para não fazer revelações que comprometessem os tucanos.

O jornal informa que depoimento do publicitário foi tomado em abril do ano passado no âmbito do processo do mensalão tucano, no qual Valério é réu, e foi exibido pela Record nesta segunda-feira (21). De acordo com as investigações, o mensalão tucano é um esquema de desvio de dinheiro de três estatais mineiras (Bemge, Copasa e Comig) para financiar a fracassada campanha de reeleição de Azeredo em 1998.

Assim como no mensalão do PT, diz a Folha, as empresas de publicidade de Valério participaram na lavagem dos recursos. “O publicitário não revela muitos detalhes sobre a chantagem, pois o tema foi objeto da delação premiada acertada com a Polícia Federal e, portanto, está sob sigilo. O acordo de colaboração ainda depende de homologação pelo Supremo Tribunal Federal”, complementa o jornal.

Para a Folha, Valério diz apenas que Mourão tinha um documento que destruía o PSDB de Minas. E que o esquema do mensalão tucano envolvia outras pessoas.