Mauricio de Sousa perde vaga e Ricardo Cavaliere é eleito para Academia Brasileira de Letras
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O cartunista Mauricio de Sousa perdeu a vaga na Academia Brasileira de Letras para o filólogo Ricardo Cavaliere, de 69 anos, que foi eleito na tarde desta quinta-feira (27) para ser o novo imortal da ABL.
O filósofo era favorito absoluto para cadeira antes de o pai da “Turma da Mônica” confirmar seu nome na disputa, em março, em substituição à professora Cleonice Berardinelli, que morreu em janeiro.
Cavaliere é um dos maiores especialistas em letras e linguística do país. Ele é doutor em língua portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor aposentado da Universidade Federal Fluminense. O filósofo trabalhou em seus estudos após o doutorado ao lado de Evanildo Bechara, imortal da ABL de 95 anos e referência absoluta nos estudos de gramática no país.
Concorriam, além de Mauricio e Cavaliere, os escritores Elois Angelos D’Arachosia, James Akel e Joaquim Branco e o advogado José Alberto Couto Maciel.
Desde que Mauricio apresentou sua candidatura, a disputa pela cadeira esquentou e rapidamente ele conquistou membros da Academia, como a atriz Fernanda Montenegro e o escritor Paulo Coelho.
Akel, que concorria à mesma vaga, foi o crítico ao desenhista, criando polêmica ao dizer que gibi não era literatura de verdade e que Mauricio de Sousa não tinha o que acrescentar à ABL.
Mauricio de Sousa respondeu aos ataques dirigidos a ele afirmando que quadrinhos “são revolucionários porque ficam entre a literatura e as artes gráficas” e mencionou o americano Will Eisner, que o ensinou “que a linguagem dos quadrinhos é uma revolução de ideias”.