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Médica negra morre de Covid-19 após denunciar atendimento racista em hospital dos EUA

Do Globo

A médica Susan Moore (à dir.) ao lado do fihlo, Henry Muhammed, de 19 anos Foto: HENRY MUHAMMED / NYT

A morte de uma médica negra por complicações da Covid-19 nos Estados Unidos repercutiu nas redes sociais na última semana e trouxe à tona o debate sobre o impacto do racismo praticcado por profissionais de saúde no país. Dias antes de falecer na cidade de Indianápolis, Susan Moore, de 52 anos, relatou no Facebook que seu médico, um homem branco, desmereceu seus relatos de fortes dores e se negou a seguir protocolos que ela própria, por ofício da profissão, conhecia e sugerira.

Na rede social, Moore afirmou que o médico se recusou a administrar remédios contra as dores e sugeriu que ela estava prestes a receber alta, o que não parecia ser condizente com seu quadro de saúde.

— Eu fiquei arrasada. Ele fez com que me sentisse como uma dependente de remédios — relatou a médica no vídeo com um aparelho de oxigênio em suas narinas e uma voz tensa. — Eu disse e mantenho que, se eu fosse branca, não teria passado por tudo isso. (…)