Médico anestesista que estuprou grávida é vaiado e xingado por presos em Bangu 8

Foto por: Instagram/Reprodução
O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, teve sua prisão convertida de flagrante para preventiva. Após audiência de custódia, nesta terça (12/07), Bezerra foi transferido para o local para cumprir a prisão. Ele chegou no mesmo dia em Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, e com a sua chegada ao local, detentos do presídio começaram a sacudir as grades, vaiar e xingar o anestesista, como forma de protesto.
Ele passou por audiência de de custódia realizada na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio, para onde foi levado no fim da tarde da segunda-feira (11).
“A gravidade da conduta é extremamente acentuada. Tamanha era a ousadia e intenção do custodiado de satisfazer a lascívia, que praticava a conduta dentro de hospital, com a presença de toda a equipe médica, em meio a um procedimento cirúrgico. Portanto, sequer a presença de outros profissionais foi capaz de demover o preso da repugnante ação, que contou com a absoluta vulnerabilidade da vítima, condição sobre a qual o autor mantinha sob o seu exclusivo controle, já que ministrava sedativos em doses que assegurassem a absoluta incapacidade de resistir”, afirmou a juíza Rachel Assad.
A magistrada destacou ainda o trauma gerado para a vítima. “Em um parto onde a mulher, além de anestesiada, dava luz ao seu filho – em um dos prováveis momentos mais importantes de sua vida – o custodiado, valendo-se de sua profissão, viola todos os direitos que ela tinha sobre si mesma. Portanto, o dia do nascimento de seu filho será marcado pelo trauma decorrente da brutal conduta por ele praticada, o que será recordado em todos os aniversários”.
Giovanni Quintella foi enviado para o local por ser a cadeia que recebe presos com curso superior, mas ainda assim ficará em uma cela sozinho. Além de ter sido filmado estuprando uma mulher na mesa de parto, ele é investigado por mais cinco possíveis atos como este cometidos no nas unidades em que trabalhou, entre elas o Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti.
Com a mudança do status da prisão, o médico ficará preso por tempo indeterminado, tendo sua situação reavaliada após 90 dias. Neste tempo, o inquérito policial poderá ser concluído e entregue ao Ministério Público que decidirá pela denúncia ou não, e pela manutenção da prisão.