Médico responsável pela morte de 200 pessoas em Manaus mantém defesa da proxalutamida

Endocrinologista em Brasília, o médico Flávio Cadegiani ficou conhecido no Brasil após a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) apontar indícios de violações éticas em um estudo liderado por ele, que testou um inibidor hormonal no tratamento da Covid-19, diz o Metrópoles.
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Médico que defende proxalutamida na pandemia
Pesquisa com a proxalutamida envolveu 645 pacientes com Covid no Amazonas, dos quais 200 morreram, o que motivou o Ministério Público Federal (MPF) a abrir inquéritos criminais e a CPI da Pandemia no Senado a sugerir o indiciamento do profissional por crime contra a humanidade.
Enquanto revisava mais uma vez documentos que pretende usar para se defender das acusações, Cadegiani negou violações éticas, defendeu o estudo e afirmou que ainda acredita que a proxalutamida possa ser útil no tratamento da doença, mas lamentou a politização da pesquisa.
Para ele, o fato de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter abraçado a defesa do remédio na mesma época em que advogava pela cloroquina como tratamento para o coronavírus foi determinante para ele ter virado alvo de investigações.
“A Conep havia aprovado nosso protocolo, mas mudou completamente de comportamento após a entrada do presidente em cena”, avalia Cadegiani, que diz não ter proximidade com Bolsonaro ou outros integrantes do governo e que nunca quis e não recebeu auxílio financeiro estatal.
Negando ser partidário de qualquer negacionismo em relação à pandemia, o médico afirmou acreditar que a vacina é a solução para a Covid-19 e que nenhum remédio deverá ser uma “bala de prata” que derrote o vírus.
Defendeu que alternativas para o tratamento continuem sendo pesquisadas.
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