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Médico é indiciado como mandante da morte da própria esposa; mãe executou o crime

O doutor Luiz Antonio Garnica e sua mãe, Elizabete Arrabaça. Foto: Divulgação

O inquérito policial sobre a morte da professora de pilates Larissa Rodrigues apontou o médico Luiz Antônio Garnica como mentor do crime e sua mãe, Elizabete Arrabaça, como executora. De acordo com as investigações, o motivo seria a situação financeira difícil pela qual passavam. O crime ocorreu no apartamento do casal, na zona Sul de Ribeirão Preto (SP), em 21 de março.

Luiz chegou ao local na manhã seguinte e acionou o Samu, simulando desespero. No entanto, o promotor Marcus Túlio Nicolino destacou uma mensagem enviada pelo médico à amante às 10h25, informando sobre a morte de Larissa, antes mesmo da chegada do socorro, às 10h34. “Ele simulou emoção quando a médica constatou o óbito, mas já sabia que Larissa estava morta”, afirmou o promotor.

As defesas de Luiz e Elizabete negaram a participação no crime. O relatório de mais de 600 páginas revela que o médico criou álibis, como uma foto com a amante em um shopping na noite do crime. Além disso, ele acessou um aplicativo para saber como chegar ao apartamento onde vivia com a vítima, no Jardim Botânico.

O médico e sua mãe foram indiciados por feminicídio qualificado e uso de meio cruel, devido ao emprego de chumbinho, veneno ilegal. O Ministério Público deve formalizar a denúncia nos próximos dias. Ambos estão presos desde 6 de maio.