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Médico que estuprou grávida pode responder por violência obstétrica

Ainda sob investigação anestesista pode responder, além de estupro, por violência obstetra
Giovanni Quintella, preso em flagrante por estuprar uma muher grávida em sala de cirurgia. Foto: Reginaldo Pimenta

Preso em flagrante no último domingo (10) por estupro de uma mulher gestante na sala de cirurgia, o anestesista Giovanni Quintella Bezerra está sob investigação da Delegacia da Mulher, que apura se as dosagens de sedativos foram desnecessárias e se ele chegou a colocar a vida das pacientes em risco, o que se enquadra como violência obstétrica.

Ele foi filmado durante o crime pela equipe de enfermagem, que já afirmou que ele dava dosagens para as gestantes além do que precisava.

“Se comprovarmos que houve reiteradamente sedações desnecessárias, ou que em doses excessivas podem ter causado prejuízo às vítimas, um risco, pode haver configuração de outros crimes e vamos avaliar qual seria o tipo penal”, declarou a delegada Bárbara Lomba, que conduz a investigação, na última terça-feira (12). “Não se cumpriram certos protocolos a que a mulher tem direito no momento do nascimento do filho, ser atendida numa unidade hospitalar, óbvio que pode ser considerado violência obstétrica”.

Um anestesista do Hospital da Mulher afirmou que realiza em média 90 partos por mês, e apontou que só é necessário o uso de sedação geral em cerca de dois casos. A prática não era adotada por Giovanni. Ainda segundo uma profissional da equipe médica do Hospital, as mães que foram sedadas por Giovanni tiveram dificuldade de amamentar.

Além do caso recente, outras cinco mulheres denunciaram Giovanni por comportamento inadequado durante os procedimentos cirúrgicos.

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