Menino morto na van foi tratado “como saco de batata”, diz delegado

O delegado Fernando Barbosa Bocci pediu a prisão preventiva do casal que era responsável pelo transporte escolar que Apollo Gabriel, de dois anos, usava quando morreu de calor. O menino foi esquecido dentro do veículo na última quarta-feira (14) pela dupla de tutores, faleceu devido as condições climáticas de fortes temperaturas em São Paulo.
No requerimento, a autoridade afirmou que ambos trataram a criança “como se fosse um saco de batata” para explicar a dimensão da negligência de terem deixado o garoto na van. A criança deveria estar sendo vigiada pelo motorista Flávio Robson Benes, de 45 anos, e sua assistente, Luciana Coelho Graft, de 44.
“Não se pode conceber que os dois indiciados quedem-se inerte da nobre função de guardiãs das crianças que transportam, esquecendo a pequena vítima, com apenas 2 anos de idade, dentro de um veículo, como se fosse um saco de batata e ou algum produto”, sustentou o delegado em seu pedido de prisão preventiva da dupla. “É um ser humano ao qual assumiram o sacerdócio de cuidar da vítima, nesse transporte escolar de sua casa até a escola”.
“Deveriam ter feito a conferência numérica, não o fizeram. Deveriam ter feito a conferência visual ao deixar a van estacionada, não o fizeram. Simplesmente, poderiam agir evitando o resultado e tinham o dever de impedir esse resultado. Assim, não há que se falar em ausência de dolo”, concluiu o policial.