“Menos político”: como Dino pretende enfrentar resistência da oposição no STF

O ministro da Justiça, Flávio Dino, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF), iniciou na última quarta-feira (29) uma série de visitas aos senadores, encontrando as primeiras resistências por parte da oposição.
Apesar da intenção de visitar todos os gabinetes até 13 de dezembro, data da sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmaram que não receberão Dino. Em outra frente, um grupo de evangélicos já iniciou uma campanha contra a nomeação.
Com o intuito de superar esse antagonismo, Dino busca dialogar com os oposicionistas, adotando uma postura menos política e mais centrada no aspecto jurídico, de acordo com o jornal O Globo.
O indicado à Corte enfrentou confrontos com a oposição ao longo de todo o governo, especialmente devido aos atos terroristas no dia 8 de Janeiro, o que resultou em múltiplas convocações para prestar esclarecimentos no Congresso. Ontem, como senador licenciado, ele afirmou que todos os membros da Casa são seus “colegas”.
Uma vez indicado por Lula, sua posse depende da aprovação do Senado. Se ele chegar ao STF, há expectativa sobre sua postura em processos envolvendo seus atuais aliados e adversários políticos. Especialistas defendem que Dino se declare impedido em ações relacionadas a Bolsonaro ou ao governo de Lula.