Mesmo com 4 advogados, juiz nega liberdade a policial que atirou em posto

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Mesmo com uma banca com quatro advogados, o juiz do Fórum Criminal de Curitiba negou liberdade e decretou prisão preventiva do policial federal Ronaldo Massuia Silva, de 43 anos, por abrir fogo em um posto de combustíveis no Cristo Rei, em Curitiba.
O policial foi preso em flagrante após atirar contra quatro pessoas em um posto. O caso ocorreu na noite de domingo (1°). Segundo informações da Polícia Militar, o agente discutiu com quem estava no local depois de estacionar em um lugar proibido e ser repreendido pelo segurança do posto.
Segundo reportagem da Banda B, o advogado de defesa do policial, Nilton Ribeiro, afirmou que ao chegar no posto, Ronaldo teria pedido um isqueiro e iniciado uma discussão com um rapaz, que teria dado um soco no agente.
O advogado também comentou a decisão do juiz e disse que houve um pedido de liberdade para o Ronaldo. “Fomos averiguar de que forma foi decretada a prisão. O juiz não viu irregularidade na prisão e decidiu por decretar a prisão preventiva do Ronaldo. Nós pedimos a liberdade dele, e o juiz disse que neste momento não é possível. Não se descarta a liberdade em um momento futuro. Podemos entrar com um habeas corpus no Tribunal de Justiça”, disse à Banda B.
Para Nilton Ribeiro, havia a possibilidade da utilização de tornozeleira eletrônica. “Foi cogitada a utilização de tornozeleira eletrônica. O juiz ponderou, mas disse que, por ora, é necessário a prisão, por conta do clamor popular”, afirmou.
De acordo com o advogado, a prisão não poderia acontecer neste momento segundo a lei. “Na constituição diz que a prisão precisa ser após os recursos, não tem um julgamento definitivo. A prisão cautelar pode ser confundida com uma antecipação de pena”, disse.
A audiência de custódia aconteceu na tarde desta terça-feira (3), no Centro das Varas de Audiências de Custódia, Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).