Mesmo com leilão de US$ 3 bilhões, dólar no Brasil ainda ultrapassa R$ 4,75

Da Exame.
O dólar começava a semana em disparada acentuada contra o real, chegando a superar 4,79 reais na máxima em meio à onda de aversão a risco global. Para tentar amenizar o movimento de alta, o Banco Central fez leilão de 3 bilhões de dólares à vista. Na sexta-feira (6), a autoridade monetária havia anunciado que faria leilão de apenas 1 bilhão de dólares. Mas os acontecimentos do fim de semana, fez o BC rever os planos.
Embora tenha sido insuficiente para mudar a direção do câmbio, a medida, suavizou a alta do dólar. Às 10h20, a moeda americana subia 2,56% e era negociada por 4,753 reais na venda, depois de ter atingido cotação recorde de 4,793 reais mais cedo. Nesta segunda-feira, o diretor de política monetária da autarquia, Bruno Serra, indicou que as intervenções cambiais do Banco Central podem durar o tempo que for necessário e que não tem preconceito ou preferência por uso de nenhum dos instrumentos à sua disposição.
No radar dos investidores estão as negociações sobre a produção de petróleo. Após desentendimentos com a Rússia, a Arábia Saudita anunciou que irá aumentar a produção da commodity, fazendo o preço do barril de petróleo desabar mais de 30%. Pela manhã, os petróleos Brent e o WTI recuavam 21% e eram negociados por cerca de 35 dólares e 32 dólares, respectivamente.
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