Mesmo com queda em 2022, gasolina acumula alta de 42% no governo Bolsonaro

O preço da gasolina tem caído em todo o país devido ao corte de tributos federais e pela limitação do teto do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, medidas apresentadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e aprovadas pelo Congresso Nacional. Mesmo com a redução, o atual governo acumula alta de 42% no preço da gasolina desde o início do mandato, valor expressivamente maior do que de outras gestões nos últimos 20 anos.
Em janeiro de 2019, o preço média da gasolina era de R$ 4,27, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Já em julho deste ano, o valor médio chegou a R$ 6,07 depois da redução gerada pela mudança no ICMS.
No primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 2003 a 2006, o aumento foi de 17%. Na segunda gestão (2007 a 2010), de 3%. De 2011 a 2014, primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), o preço da gasolina subiu 16%. Entre 2015 e agosto de 2016, quando a petista sofreu impeachment em seu segundo período à frente da Presidência, a alta foi de 20%. Já durante o governo de Michel Temes (MDB), de agosto de 2016 a 2018, o aumento foi de 19%. Os dados levam em conta o valor nominal da gasolina, ou seja, não consideram a inflação do período.
Se descontar a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço da gasolina acumula alta de 35% entre janeiro de 2019 e junho de 2022. Esse cálculo não considera, contudo, a redução do combustível registrada em julho deste ano, uma vez que o mês ainda não terminou e, portanto, ainda não teve a inflação divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A Petrobras anunciou, na terça-feira (19/7), que reduzirá em 4,92% o valor da gasolina vendida às distribuidoras. Com isso, o preço médio de venda do combustível passará de R$ 4,06 para R$ 3,86 por litro, diferença de R$ 0,20, a partir já desta quarta-feira (20/07). A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) estima que a redução deve corresponder a uma queda de R$ 0,15 nas bombas.
Confira dados abaixo: