“Meu filho autista, hoje, foi chamado de ‘esquisito’ na piscina do prédio”, diz jornalista
A jornalista Andréa Werner publicou um relato em sua conta de Instagram sobre seu filho.
A história viralizou no Twitter e no próprio Instagram:
“Não entra ali, não, porque aquele menino é esquisito!”, gritou o garoto que estava na piscina do prédio para uma menina que já ia entrar. Ele estava falando do Theo, meu filho de 10 anos, que é autista. Imediatamente, eu gritei do outro lado da piscina: “ele não é esquisito, ele é diferente”. Theo é lindo, carinhoso, esperto, e adora estar perto de outras crianças. Ele jamais machucaria nenhuma delas. Como ele ainda está “aprendendo a falar”, como costumo explicar aos pequenos, ele se expressa com vários barulhinhos. Ah, e ele pode não falar, mas entende absolutamente TUDO o que é falado perto dele. E é justamente por isso que o chamei, logo após o incidente, e conversei com ele. “Theo, esse menino é bobo…não liga pro que ele falou. E não precisa tentar ser amigo dele. A gente só deve ser amigo de quem é legal com a gente”. Tentei parecer descolada, mas meu coração estava apertadinho. Voltamos pra casa pouco tempo depois. O pai do menino estava na piscina, viu tudo e não se manifestou.
Para vocês que estão lendo esse texto, tenho uma pergunta: e se fosse seu filho?
E se alguém falasse que seu filho é “esquisito” bem na frente dele? Pergunto mais: e se o seu filho falasse que uma outra criança é esquisita na frente dela? Como você reagiria? O quanto você tem ensinado seus filhos a ver a diversidade como algo bacana?
Fica aqui o desabafo. Meu filho não é esquisito. Ele tem dificuldades e tem pontos fortes como qualquer pessoa. E ele só quer fazer amigos.
