Governo gastou milhares de reais em viagem antiaborto de Damares; Saiba o valor

Governo Bolsonaro gastou pelo menos R$ 228 mil em uma viagem de Damares Alves, ministra dos Direitos Humanos, e auxiliares em novembro à Suíça em defesa de pautas antiaborto. Acredite se quiser: comitiva comemorou em Genebra o primeiro aniversário da Declaração Consensual de Genebra, uma aliança internacional contra o aborto patrocinada por Donald Trump, ex-presidente americano.
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Viagem cara de Damares
Aliança antiaborto foi assinada em outubro de 2020 por Brasil, Estados Unidos e outros 30 países, incluindo Hungria, Polônia, Omã, Djibuti, Uganda e Indonésia.
Segundo a coluna de Guilherme Amado no Metrópoles, a lista inclui ditaduras que punem o relacionamento homossexual e violam direitos humanos. Damares Alves e Ernesto Araújo, então chanceler, participaram da cerimônia virtual.
Um dos objetivos do documento é garantir que “em nenhum caso o aborto seja promovido como um método de planejamento familiar”.
Também há ataques velados ao casamento homossexual.
No mês passado, a comemoração do primeiro aniversário dessa coalizão foi citada textualmente na agenda oficial da viagem a Genebra. Foi num almoço em 3 de novembro.
Governo Bolsonaro enviou pelo menos sete pessoas à Suíça, de 31 de outubro a 6 de novembro deste ano: Damares Alves, Ângela Gandra, secretária da Família, e cinco assessores.
Diárias e passagens do grupo custaram R$ 194 mil aos cofres públicos. O Itamaraty gastou R$ 34 mil em logística.
Além dessa celebração e reuniões com países criticados por retrocessos democráticos, como a Hungria, a comitiva também teve encontros esperados, como com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com a Cruz Vermelha.
Assinatura da aliança antiaborto foi uma das últimas ações de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Duas semanas depois, Trump foi derrotado por Joe Biden, que revogou a participação na aliança no primeiro dia na Casa Branca, em janeiro de 2021.
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