Militares querem Olavo fora do governo

Reportagem de Lisandra Paraguassu na Agência Reuters.
Em mais uma crise no governo provocada pelo escritor Olavo de Carvalho, a resposta mais dura veio do general da reserva Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército, que classificou o escritor de “Trótsky de direita”, sem “princípios básicos de educação e respeito” e como alguém que age para “acentuar as divergências nacionais”.
Um dos nomes mais respeitados nas Forças Armadas, o general, hoje assessor especial do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general da reserva Augusto Heleno, deu pela redes sociais o recado que os militares querem passar: Olavo de Carvalho precisa “deixar o governo”.
A análise foi feita à Reuters por uma fonte palaciana que acompanha de perto as crises que têm sido causadas pelos ataques do escritor aos militares —e que tem sido respaldadas pelos filhos do presidente Jair Bolsonaro, o vereador no Rio de Janeiro Carlos e o deputado federal Eduardo (PSL-SP).
“Mais uma vez o senhor Olavo de Carvalho, a partir de seu vazio existencial, derrama seus ataques aos militares e às Forças Armadas demonstrando total falta de princípios básicos de educação, de respeito e de um mínimo de humildade e modéstia”, escreveu Villas Bôas.
O general, com seis quase 600 mil seguidores no Twitter —bem mais do que Olavo de Carvalho, com seus 133 mil— foi a voz da insatisfação dos militares no governo.
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