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Mindfulness melhora memória e atenção, afirma Harvard: prática simples reduz estresse e fortalece o foco

Harvard vista de fora em dia ensolarado
Harvard University, nos EUA – Reprodução

Em um mundo marcado pela pressa e pelas distrações digitais, a prática do mindfulness — ou atenção plena — surge como uma ferramenta eficaz para preservar e melhorar a memória, especialmente com o avanço da idade. A conclusão é de um artigo publicado por especialistas da Faculdade de Medicina de Harvard, que apontam o hábito de focar no momento presente como chave para fortalecer a atenção e, consequentemente, a capacidade de lembrar informações importantes.

Segundo o neurologista Andrew Budson, professor da instituição e coautor do livro Why We Forget and How to Remember Better, a atenção é o principal fator que determina o que será armazenado pela memória. “Aquilo em que você presta atenção é o que você se lembra”, afirma. Práticas simples, como observar a paisagem durante uma caminhada, sentir os cheiros do ambiente ou ouvir os sons ao redor, já ativam mecanismos mentais que facilitam a retenção de dados.

O mindfulness também desencadeia a chamada “resposta de relaxamento”, que ajuda a reduzir os níveis de adrenalina e cortisol, hormônios ligados ao estresse. Isso permite que o cérebro funcione com mais clareza e eficiência. “Sem os hormônios do estresse e sem as distrações causadas por eles, a mente consegue focar a atenção no que você realmente quer ou precisa lembrar”, explica Budson.

Estudos recentes mostram que a prática melhora o foco, o engajamento nas tarefas cotidianas e a sensação geral de bem-estar, com efeitos que podem se prolongar ao longo do tempo. Com isso, o mindfulness se consolida não só como uma técnica de relaxamento, mas como um recurso acessível e cientificamente embasado para preservar