Do El País:
A pandemia de coronavírus segue com toda força em diferentes zonas no Brasil, mas um eixo central da política sanitária de Jair Bolsonaro continua a ter um só nome: cloroquina.
O Ministério da Saúde acumulava no início de julho mais de 4 milhões de comprimidos do medicamento, utilizado contra a malária, lúpus e outras doenças, mas sem eficácia comprovada contra a covid-19.
Paralelamente, os serviços médicos e secretarias de Saúde de vários Estados relatam há cerca de dois meses que estão com dificuldades em adquirir remédios essenciais para tratamento do coronavírus nas UTIs dos hospitais. Eles são usados sobretudo para intubação e sedação de pacientes.
(…) Os últimos dados sobre os estoques de medicamentos nos Estados foram divulgados na semana passada pelo Conselho Nacional dos Secretários da Saúde (Conass) e são referentes à semana de 12 a 18 de julho.
O levantamento indicava que os estoques de remédios como propofol, besilato de artracúrio e de cisatracúrio, hemitartarato de norepinefrina, todas utilizadas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais para os casos mais graves, estavam a poucos dias de acabar em Estados como Acre, Amapá e Roraima.
Estava previsto para a última segunda-feira a atualização desse levantamento.
Desde então o EL PAÍS vem solicitando os novos números, mas o Conass afirma que, agora, sua divulgação cabe ao Ministério da Saúde. A pasta, por sua vez, responde com silêncio.
(…)
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