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Miriam Leitão em 2016: “Parente é excelente gestor”

Miriam Leitão é um milagre da empulhação.

Em outubro, ela escreveu uma coluna no Globo elogiando Macri e a Argentina, hoje nas mãos do FMI. “O ajuste promovido pelo governo já traz resultados concretos que começam a ser percebidos pela população”, cravou.

Em maio de 2016, Miriam dedicou seu talento de sicofanta a elogiar Pedro Parente, cuja gestão desastrosa na Petrobras ajudou a causar o caos da greve dos caminhoneiros.

Confira comigo no replay:

Pedro Parente tem as qualidades para enfrentar o maior desafio corporativo da atualidade. O novo presidente da Petrobras tirou o país da crise do racionamento no início dos anos 2000 e ajudou a mudar o setor elétrico. Ele tem um histórico de triunfos na administração pública e encara agora a imensa dívida, os desequilíbrios e os efeitos que a corrupção causou na Petrobras.

O nome do executivo é ligado à excelência na gestão pela forma como debelou a crise elétrica. O governo FH errou ao não planejar a expansão do setor elétrico. O país cresceu bastante em 2000 e a situação elétrica ficou crítica com a falta de chuvas. Parente então foi chamado para evitar um colapso. A atuação dele foi considerada como exemplo de gestão de crise. Na Casa Civil, montou uma equipe competente que liderava através do diálogo.

Ele revelou talentos que até hoje atuam no setor elétrico. O executivo montou a estratégia com usinas termelétricas, de back up, que dão segurança ao sistema e foram muito usadas nos últimos anos, após os erros do governo Dilma na condução do setor. A matriz foi diversificada e o país ficou menos dependente da geração hidrelétrica.

Parente encontrou o melhor caminho para sair da crise. O racionamento foi ruim, mas deixou resultados construtivos. O executivo induziu a redução do consumo. Explicou a situação à sociedade e criou o sistema de bônus para quem economizasse energia. A população se envolveu na campanha. Medidas de eficiência energética adotadas na época continuam até hoje. O consumo de eletricidade ficou mais consciente.

Funcionário de carreira do BC, Parente mostrou grande competência em vários outros postos e desafios que assumiu ao longo da carreira até chegar à Casa Civil em 1999. Conheci Pedro Parente há 30 anos, quando ele foi chamado para montar as instituições fiscais do Brasil. Andrea Calábria, à época secretário-executivo do Ministério do Planejamento, me apresentou Parente naquela época como o rapaz que estava estruturando o Tesouro Nacional, um órgão fundamental na administração pública e que foi modelado por ele.

Com o nome sempre ligado à competência na gestão, há uma grande chance de Parente ser bem-sucedido no desafio de comandar a Petrobras. É uma excelente escolha do governo. 

“Tamo junto”