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Miséria pouca é bobagem: grifes de luxo bombam na pandemia

Da Coluna Painel S.A. na Folha:

Fachada da Louis Vuitton. Foto: Francois Guillot/AFP

Apesar da pandemia, o Brasil vem se destacando no resultado das grandes marcas do luxo. No segundo trimestre de 2020, após a chegada do vírus, a venda despencou, mas o balanço das grifes reagiu no fim do ano.

O mercado brasileiro se beneficiou da concentração das vendas no país por causa das restrições a viagens internacionais. O especialista em mercado de luxo Carlos Ferreirinha diz que se trata de um consumidor menos sensível a crises, sem medo de perda de emprego ou endividamento.

Segundo Ferreirinha os juros em patamar baixo incentiva o consumo da alta renda, especialmente os itens com potencial de valorização, como joias e obras de arte.

Na LVMH, dona de marcas como Louis Vuitton e TAG Heuer, a queda em itens de vestuário e couro foi de 37% no segundo trimestre de 2020. O final do ano na categoria, por outro lado, registrou avanço de 18% ante o trimestre final de 2019.

Desempenho parecido foi registrado pela Kering, dona da Gucci, que viu suas vendas despencarem 30% no primeiro semestre, mas reduziu a queda para 3% nos últimos seis meses do ano. As vendas online avançaram 67% em 2020 na companhia.

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