Apoie o DCM

Misoginia: Ginecologista ataca feministas e chama residentes de ‘fedidas’ e ‘nojentas’

Médico ataca mulheres nas redes sociais (Foto: Reprodução)

Do Tempo

Em posts divulgados nas redes sociais, o ginecologista e tenente da Polícia Militar Igor Fernando de Aquino Moreira, que atua no Hospital Odilon Behrens, fez declarações machistas e misóginas direcionadas às médicas residentes que se declaram feministas. Nas publicações, datadas do dia 13 de setembro, Igor chamou as profissionais de “fedidas” e “nojentas”.

Ele ainda escreve: “Lembre-se, se você é feia, não culpe a colega linda, não culpe os homens em geral, não culpe a si mesma, culpe o seu pai, o homem feio que comeu a sua mãe feia e produziu uma pessoa feia, logicamente”. Ao fim da postagem, o médico postou a hashtag “#BolsonaroPresidente”

Em outra publicação, na qual compartilha a notícia “Bolsonaro lidera entre as mulheres”, do site O Antagonista, o médico fala que as mulheres brasileiras “que não foram vítimas de violência sexual”, “que não foram agredidas ou abandonadas pelo pai” ou “pelo marido” e “aquelas que não tem filho bandido ou filha aborteira” vão votar no presidenciável do PSL.

Depois das publicações, feitas no Facebook, o médico apagou o seu perfil na rede social.

A reportagem entrou em contato com o hospital, que afirma lamentar o ocorrido e repudiar “qualquer ato de desrespeito, preconceito e incitação à violência”. A nota diz também que a direção tomará “todas as medidas legais cabíveis após apuração” do caso.

(…)

Leia a nota do hospital na íntegra:

A direção do hospital Metropolitano Odilon Behrens reitera que o Médico Ginecologista, Igor Aquino, trabalha como plantonista no HOB e não é “chefe” do serviço de residência em Ginecologia.

Quanto às postagens feitas pelo médico em sua rede social, a direção do HOB lamenta pelo ocorrido e repudia qualquer ato de desrespeito, preconceito e incitação à violência. 

Reiteramos ainda, que a direção do hospital está atenta ao caso e tomará todas as medidas legais cabíveis após apuração do mesmo.

Leia a nota da Polícia Militar na íntegra:

Em que pese a ação do médico ter sido em suas redes sociais e concernente à sua função em outra instituição, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) não coaduna com comportamentos discriminatórios, ofensivos e desrespeitosos.  A Unidade responsável pelo militar já apura o caso.